A vacina do Instituto Butatan de São Paulo, contra a dengue, caminha a passos largos e entra na última fase de testes.
A CTNBio aprovou a fase 3 dos testes. Agora faltam apenas as aprovações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).
Esta é a vacina brasileira contra dengue em fase mais avançada.
A aprovação
Nesta quinta-feira (6), a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou o início da fase 3 de estudo clínico da vacina brasileira, que é a última antes de o produto ser submetido à avaliação das agências regulatórias.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o pedido do Instituto Butantan foi aprovado por unanimidade e foi a primeira vez que a comissão aprovou um organismo geneticamente modificado (OGM) para uso humano.
O desenvolvimento desta vacina é resultado de uma parceria entre o Instituto Butantan e os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH).
A vacina
Ela é feita com os próprios vírus da dengue, que foram modificados para que a pessoa desenvolva anticorpos contra os quatro sorotipos da dengue sem desenvolver os sintomas relacionados a eles.
Os testes clínicos – feitos pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP) e Hospital das Clínicas da Facultade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-FMRP-USP) – têm mostrado que bastará uma dose para que a vacina seja eficaz.
Voluntários
Em nota, a assessoria de imprensa do Instituto Butantan afirmou que a terceira e última fase do estudo prevê a vacinação de 17 mil voluntários no período de um ano.
As vacinações devem ser feitas em 15 centros em todo o país em pessoas de 2 a 59 anos.
Durante a fase 2 do estudo, 300 pessoas foram vacinadas.
Com informações do G1
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